E se Ricardo Capelli assumisse a Segurança Pública do Maranhão?

Com o anúncio de Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça e Segurança Pública, falta a definição do destino de Ricardo Capelli, o número dois de Flávio Dino na pasta. Nos bastidores fala-se na possibilidade de que ele assuma a Segurança Pública do Maranhão e a justificativa seria seu desempenho satisfatório na Segurança Pública do Governo Federal, e também, como interventor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).

Capelli, que foi secretário de Comunicação no Maranhão, disse a aliados que só ficaria no Ministério caso permanecesse na Secretaria Executiva. Porém, Lewandowski deve indicar para o cargo o advogado e professor, Manoel Carlos de Almeida Neto.

Assim, Cappelli seria deslocado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o que parece não ser de seu interesse.

Paralelamente, Diego Galdino, que também fazia parte da equipe de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública, está cotado para assumir diretoria no Tribunal de Justiça do Maranhão.

CCJ aprova indicações de Flávio Dino ao STF e Paulo Gonet à PGR

Após sabatina conjunta que se estendeu por mais de 10 horas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (13) as indicações de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR). Agora, os nomes do atual ministro da Justiça e do subprocurador-geral da Repúblicavão para apreciação no plenário da Casa.

No plenário, os nomes serão submetidos a uma votação secreta, necessitando de pelo menos 41 votos favoráveis para serem aprovados. Somente após a aprovação, a PGR e o STF poderão agendar as datas das posses.

A sessão na CCJ começou sob protestos da oposição contra o formato de sabatinas simultâneas e pedido para que os indicados fossem questionados separadamente, mas o presidente da comissão, Davi Alcolumbre (União-AP), não recuou, alegando que estavam “todos avisados, há alguns dias da decisão”. Cada senador teve 10 minutos para fazer perguntas aos dois.

Dino anuncia liberação de R$ 1 bilhão para segurança pública nos estados

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), anunciou pelas redes sociais, nesta quinta-feira, 20, a liberação de R$ 1 bilhão do Fundo Nacional de Segurança para os estados. Os repasses serão feitos a partir da próxima semana.

Este fundo tem o objetivo de apoiar projetos na área de segurança pública e prevenção à violência, enquadrados nas diretrizes do plano de segurança pública do Governo Federal.

Pelas redes, Dino disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a antecipação de R$ 1 bilhão. Os estados têm ainda mais R$ 2 bilhões do Fundo Nacional de Segurança.

“Presidente Lula me autorizou a antecipar a liberação aos Estados do Fundo Nacional de Segurança Pública. Faremos o repasse em parcelas a partir da próxima semana, em um total previsto de R$ 1 bilhão. Os Estados tem ainda saldos disponíveis de aproximadamente R$ 2 bilhões”, destacou Dino.

 

Flávio Dino volta a ter nome cogitado para o STF

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), voltou a ter o seu nome cogitado para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação de bastidores é de que uma ala do PT passou a defender a indicação de Dino para a Corte, para solucionar um quebra-cabeça político na sucessão presidencial.

Ex-governador, eleito senador e atualmente na condição de ministro de governo, Flávio Dino reúne, segundo aliados, credenciais para disputar uma eventual eleição para a Presidência da República.

Mas, para isso, enfrenta problemas. O presidente Lula (PT) é candidato natural à reeleição em 2026, apesar de ter dito na campanha eleitoral, que não exerceria dois mandatos.

Na possibilidade de Lula não disputar a reeleição, por outro lado, Dino teria de disputar espaços com outras duas figuras mais bem posicionadas no campo político em que ele atua: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad [preferido de Lula] e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

STF

A solução para um eventual racha no grupo político, portanto, seria a indicação de Flávio Dino ao STF. No mês de outubro deste ano a ministra e presidente da Corte, Rosa Weber, deixará a cadeira em virtude de sua aposentadoria.

O PT também defende a indicação de Dino para ocupar o Ministério da Justiça, que é um dos principais postos de primeiro escalão do Governo Federal. O PSB, por outro lado, pode brigar pelo espaço.

Flávio Dino chegou a se posicionar publicamente sobre o tema no início do ano. Na ocasião, ele rechaçou a possibilidade de ir para o STF no momento, justamente por causa das suas pretensões políticas. Ele disse que poderia disputar o posto em 2030.

Na Corte ele conta com prestígio entre os ministros, e tem uma relação de amizade com Gilmar Mendes. Durante o período da pandemia da Covid-19, os dois chegaram a participar de debates em lives.

Portaria de Flávio Dino pode barrar ex-ministro de Bolsonaro em Segurança Pública do DF

Uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determina a atualização cadastral de todos os servidores da pasta, que sejam cedidos a outros órgãos da administração pública ou empresas privadas. O texto é assinado pelo ministro Flávio Dino (PSB). A norma também impede a cessão ou manutenção de cessão de servidores ligados ao ministério, que estejam respondendo a processo administrativo disciplinar, inquérito policial, ação penal ou de improbidade administrativa.

Esta vedação pode impedir a permanência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), à frente da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Ele, que é funcionário de carreira da Polícia Federal, responde a dois processos no Supremo Tribunal Federal (STF) – um pelo vazamento de inquérito sigiloso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outro pela participação em live na qual Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas e apresentou mentiras sobre o sistema eleitoral.

Torres foi nomeado pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, para voltar ao cargo de secretário de Segurança Pública, que já havia ocupado entre 2019 e 2021, antes de assumir o Ministério da Justiça.

Com a portaria de Flávio Dino, no entanto, os órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como da iniciativa privada, que contarem com servidores do Ministério da Justiça em seus quadros deverão reiterar ao ministro, mediante pedido fundamentado, o interesse na manutenção da cessão do servidor.

O prazo para essa manifestação é de 15 dias. Com isso, a cessão do agora titular da SSP-DF poderá ser revertida pelo ministério.

Ivo Rezende, presidente da Famem, acompanha posse dos ministros de Comunicações e Justiça

O prefeito de São Mateus, Ivo Rezende, presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), esteve nesta segunda-feira, 2, prestigiando a solenidade de posse dos ministros das Comunicações, Juscelino Filho; e da Justiça sob o comando de Flávio Dino.

“É com imenso prazer e honrado que estou ao lado do deputado federal e agora ministro das Comunicações, Juscelino Filho que representa o nosso Maranhão. Certamente São Mateus e os demais municípios ganharão políticas públicas importantes para contribuir com o seu desenvolvimento”, disse Ivo.

O presidente da Famem também avaliou a nomeação do ex-governador Flávio Dino no comando do Ministério da Justiça. Segundo ele, após contribuir com o Maranhão, o ministro agora fará muito mais pelo país.

“Participei também da posse do ex-governador do Maranhão, Flavio Dino que tanto fez pelo nosso estado e agora fará muito mais pelo Brasil. O nosso estado tem muito a ganhar e certamente levaremos as demandas dos nossos municípios”, pontuou.

Participaram também dos atos, o governador  do Maranhão, Carlos Brandão, os prefeitos de Peritoró, Dr Júnior; de Trizidela do Vale, Deibson Bale; e de Tuntum, Fernando Pessoa, além do deputado estadual eleito Francisco Nagib e outras autoridades.

Dino escolhe novo nome para a Secretaria Nacional de Políticas Penais

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), anunciou nesta terça-feira, pelo Twitter, o nome do policial penal Rafael Velasco Brandani para a Secretaria Nacional de Políticas Penais da pasta. Atual subsecretário de Administração Penitenciária do Maranhão, Brandani substitui a última indicação de Dino para o cargo, o coronel da PM paulista Nivaldo Restivo.

“O policial penal RAFAEL VELASCO BRANDANI será o novo Secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele tem experiência na área, em Minas Gerais e no Maranhão. Neste Estado é o atual subsecretário de administração penitenciária”, escreveu Dino na rede social.

Inicialmente escolhido pelo futuro ministro para compor o segundo escalão do Ministério da Justiça, Restivo declinou na última sexta-feira o convite para comandar o órgão que substituirá o Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Em nota, o coronel disse ter recusado o convite por causa de “questões familiares de natureza pessoal”.

A desistência ocorreu após integrantes do grupo de transição encarregado de discutir a segurança pública no país terem criticado duramente, em uma carta enviada a Dino, a nomeação do coronel. A equipe apontou relação de Restivo com o massacre do Carandiru — como é conhecida a chacina, ocorrida em 1992, que causou a morte de mais de uma centena de presos — e afirmou que Dino errou ao indicá-lo.

Brandani é policial penal e graduado em Direito, com especializações em Direito Penal, Gestão Pública e Gestão Pública Prisional. Desde 2008, trabalha com administração prisional, com passagem pelos sistemas penitenciários de Minas Gerais e Maranhão. Ele assumiu a subsecretaria de Administração Penitenciária do Maranhão em 2018.

Flávio Dino diz que nova administração vai remover acampamentos

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou, nesta segunda-feira (26), que os acampamentos montados em frente aos quartéis do Exército serão desfeitos. Ele deu prazo a partir do dia 1° de janeiro, caso as autoridades federais não adotem providências ao longo desta semana.

“Esperamos que, ao longo desta semana, as autoridades federais constituídas até o dia 31, tomem as providências legais. Se eventualmente não tomarem, a partir do dia 1° [de janeiro] a nova equipe governamental o fará”, afirmou Dino.

No Maranhão, um pequeno grupo se concentra próximo à sede do Exército, em São Luís, bairro João Paulo.

Ele declarou que há uma “situação ilegal” nos acampamentos e que eles servem de “esconderijo” para pessoas que estão, segundo ele, “com más intenções”. Para justificar sua fala, Dino citou o caso envolvendo o empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, preso no último sábado, após instalar um artefato explosivo em um caminhão, próximo ao aeroporto de Brasília.

“A Constituição define o direito de reunião como aquele que é exercido sem armas. No momento que isso é quebrado, não estamos mais diante do uso de um direito, mas de um abuso. O próprio investigado [George Washington] afirma que obteve explosivos justamente nesse acampamento ao redor de um quartel”, ressaltou.

Flávio Dino anuncia nomes do Ministério da Justiça e responde jornalistas em coletiva

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), anunciou, em coletiva nesta sexta-feira (16), novos nomes que vão compor a pasta em sua gestão. Ele já havia anunciado o atual secretário de Estado de Comunicação (Secom), Ricardo Cappeli, como secretário-executivo do ministério e também, do diretor geral da Polícia Federal, delegado Andrey Rodrigues. Com exceção de Diego Galdino, anunciado como adjunto de Capelli, todos os escolhidos são advogados.

“Nosso objetivo é que, até dia 20, tenhamos o preenchimento de todos esses cargos. Temos mulheres no ministério e a preocupação de fazer deste conjunto de nomes uma expressão da sociedade no seu âmbito. Com a presença de homens, mulheres, militantes da luta social, pessoas da carreira jurídica para que tenhamos uma gestão que o povo brasileiro necessita e sendo consenso com aquilo que o presidente Lula tem nos orientado. Temos metas que serão rigorosamente cumpridas no processo de transição e agradeço aos que coordenam os trabalhos e que sabem da seriedade desse trabalho para concretizar o programa de governo do presidente Lula”, pontuou Flávio Dino, agradecendo ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que coordena as equipes de transição.

O maranhense Diego Galdino, que é secretário de Governo do Maranhão, será  secretário-executivo adjunto da pasta. Administrador e bacharel em Direito, Galdino trabalhou por oito anos na Vale. Na gestão pública, atuou no Governo do Maranhão como Secretário Adjunto na Secretaria de Estado da Cultura, Secretário de Cultura e Turismo, Secretário de Estado do Governo, Secretário de Estado de Meio Ambiente,  Chefe da Casa Civil do Estado. Foi membro do Conselho Superior de Segurança Pública do Maranhão e Presidente do Consórcio de Turismo Internacional do Nordeste.

Flávio Dino anunciou a criação de uma estrutura nova no ministério para atuar na área de Direitos Digitais. Ele indicou para o cargo, Estela Aranha, que é advogada, especialista em regulação e direito digital. Presidente da Comissão Especial de Proteção de Dados do Conselho Federal da OAB e da OAB-RJ. Pesquisadora do CEDIS- IDP. Membro da Comissão de Juristas para a regulação de Inteligência Artificial no Senado Federal.

Foram anunciados ainda, os nomes de Tamires Sampaio pata coordenar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Ela é advogada, mestra em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pesquisadora na área de segurança pública, política criminal e racismo estrutural. Bolsista do Zoryan Institute no Genocide and Human Rights University Program em 2019 na Universidade de Toronto, Canadá. Foi Secretária Adjunta de Segurança Cidadã em Diadema. É Diretora do Instituto Lula e militante do movimento negro na Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conem).

Para o cargo de secretário Nacional do Consumidor, Dino anunciou Wadih Damous, que é advogado, graduado pela Faculdade de Direito da UERJ e mestre em Direito Constitucional e Teoria do Estado pela PUC/RJ. É autor do livro Medidas Provisórias no Brasil, escrito junto com Flávio Dino e foi presidente da OAB, da Comissão da Verdade e deputado federal do PT, todos os cargos pelo Rio de Janeiro.

Anunciada como assessora especial do ministro e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Sheila de Carvalho. Ela é advogada Internacional de Direitos Humanos. Foi fellow do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU e Diretora de Incidência política do Instituto de Referência Negra Peregum. Especialista em litigância estratégica em direitos humanos e justiça climática. É professora de pós-graduação em direitos humanos. Integra a Uneafro Brasil, Coalizão Negra por Direitos e Grupo Prerrogativas. Coordenadora do Núcleo de Violência Institucional da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP e do Centro de Referência Legal da Artigo 19. Atuou como advogada para as principais organizações de direitos humanos brasileiras e internacionais. Conselheira da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).

Questionamentos dos jornalistas

Ele também respondeu perguntas dos jornalistas sobre ações que irá executar ao assumir a pasta. Sobre os conflitos de terras e redução da violência no país e em especial no Maranhão, Dino destacou que irá atuar para que os estados tenham maior eficácia na contenção destes casos e que, norma trata de construção de estrutura no Ministério da Justiça para mediar conflitos no campo; fortalecimento de ações repressivas e preventivas ao garimpo ilegal, tráfico de drogas e outros casos nessas áreas.

Sobre a possibilidade de exploração de terras indígenas, Dino frisou que o presidente Lula criará o ministério especifico para esta atuação e que anulará todos os processos que venham a infringir na integridade da posse das terras pelos indígenas. “Todos esses atos de retrocesso serão revogados e a missão é proteger os indígenas e que eles comandem o que acontece em seus territórios, conforme determina a Constituição”, frisou.

Sobre os atos antidemocráticos, Flávio Dino enumerou ações que têm sido realizadas pela equipe de transição, coordenadas pelo futuro diretor geral da Polícia Federal, delegado Andrey Rodrigues. “Nós distinguimos muito nitidamente o que é liberdade de expressão protegida pela Constituição daquilo que se refere ao cometimento de crimes. Na posse teremos ampla participação popular e assegurada a integridade de todos. Temos planejamento para que a posse ocorra em paz. Quem quiser se manifestar dizendo não gostar da posse, pode evidentemente fazer, mas não depredar, destruir ou atentar contra a integridade do presidente Lula”, frisou.