Cerca de 150 prefeitos disputarão a reeleição no Maranhão em 2024

Um levantamento do Instituto Estratégia Pesquisas de Opinião (EPO) mostra que, em 2024, 150 prefeitos poderão tentar renovar seus mandatos no Maranhão.

Este é o maior número de candidatos à reeleição da história da política maranhense. São 69,1% dos 217 gestores do estado.

O estudo produzido pela EPO foi feito com informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Dos 217 municípios, consta na base de dados da Corte Eleitoral, que pelo menos 37 prefeitos trocaram de partido, após as eleições de 2020. Desses, o levantamento constatou que 8 prefeitos estão classificados como “sem partido” e identificou um prefeito e um vice que morreram nesse período.

Atualização: apesar de constarem do levantamento inicial, os prefeitos de Açailândia e Bacabal já estão no segundo mandato, portanto não podem mais disputar reeleição. Com isso, o número caiu de 152 para 150Os dados foram corrigidos na base original do levantamento do EPO.

E se Ricardo Capelli assumisse a Segurança Pública do Maranhão?

Com o anúncio de Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça e Segurança Pública, falta a definição do destino de Ricardo Capelli, o número dois de Flávio Dino na pasta. Nos bastidores fala-se na possibilidade de que ele assuma a Segurança Pública do Maranhão e a justificativa seria seu desempenho satisfatório na Segurança Pública do Governo Federal, e também, como interventor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).

Capelli, que foi secretário de Comunicação no Maranhão, disse a aliados que só ficaria no Ministério caso permanecesse na Secretaria Executiva. Porém, Lewandowski deve indicar para o cargo o advogado e professor, Manoel Carlos de Almeida Neto.

Assim, Cappelli seria deslocado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o que parece não ser de seu interesse.

Paralelamente, Diego Galdino, que também fazia parte da equipe de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública, está cotado para assumir diretoria no Tribunal de Justiça do Maranhão.

Aliados de Iracema Vale querem Felipe Camarão no TCE

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Washington Oliveira, pensou em sair um pouco antes de dezembro deste ano do cargo que ocupa. Ele se aposenta compulsoriamente no fim do ano. Mas esta antecipação não é um desejo de atores políticos que estão de olho na vaga na Corte de Contas.

E ao contrário de outras vezes, a atenção para esta cadeira de Washington Oliveira se deve a uma articulação que pode mudar os rumos das eleições de 2026 e, por isso, demanda de tempo para os diálogos acontecerem.

Pelo planejado, o governador Carlos Brandão (PSB) deixa o mandato em abril de 2026 para disputar uma das duas vagas do Senado. O vice, Felipe Camarão (PT), assumirá e naturalmente disputará a reeleição.

Acontece é que há uma articulação para mudar o planos e passa pela vaga no TCE. A cadeira de Washington Oliveira foi oferecida a Camarão. Ele seria o novo conselheiro do tribunal e, em abril de 2026, assumiria o governo a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB).

Mas o vice-governador não tem qualquer interesse de ser conselheiro do TCE e, por isso, a necessidade do tempo para tentar convencer o petista de ficar com o cargo.

Claro que toda esta conversa vem da Assembleia Legislativa. Por lá, os deputados falam sobre o assunto e incentivam Iracema a articular e deixar Felipe Camarão no TCE e ela disputar a reeleição em 2026.

Líder do União Brasil diz que Juscelino Filho fica onde está

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, assegura que não há possibilidade de o correligionário Juscelino Filho trocar de emprego.

Juscelino é o titular do Ministério das Comunicações, uma das três pastas comandadas pelo União Brasil no governo Lula, e está sob investigação da Polícia Federal por suspeita de desviar dinheiro público. Ele é apontado com frequência como alvo de uma eventual reforma ministerial.

Elmar afirmou à coluna que o Palácio do Planalto não procurou o União Brasil para tratar da substituição de Juscelino e que o partido não pensa em nomes para o lugar do ministro. Paulo Azi, do União Brasil da Bahia, chegou a ser ventilado na imprensa como um possível ministeriável.

Felipe Camarão assume o Governo na quinta-feira

O vice-governador e secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão (PT), assumirá na quinta-feira (11) o comando da máquina administrativa, em decorrência do período de férias do governador Carlos Brandão (PSB).

Brandão ficará ausente dos dias 11 e 21 deste mês, em viagem para fora do país.

Em agosto do ano passado Felipe Camarão chegou a assumir o Palácio dos Leões. Na ocasião Brandão havia decidido tirar uma licença de 10 dias do cargo.

Durante aquele período, Camarão cumpriu extensa agenda de trabalho, com inauguração e vistoria de obras; reuniões com secretários e deputados que integravam a base governista; visita a comunidades e anúncios de importantes ações de governo.

“São ações nas áreas da educação, da cultura, do esporte, do lazer, da infraestrutura, geração de renda e emprego, mas, principalmente, ações que garantem mais dignidade e melhoria de vida para todos e todas. Avante”, publicou Felipe Camarão na ocasião, depois das primeiras 24 horas de comando da máquina.

Reunião de trabalho

Na segunda-feira (8) Camarão se reuniu com secretários adjuntos, superintendentes, gestores de unidades regionais e supervisores da Educação. “Momento de alinhar ações para 2024. Temos muitos desafios pela frente”, escreveu o vice-governador em seu perfil em rede social. Foi a primeira reunião realizada com auxiliares no ano.

Após assumir o Governo, na próxima quinta-feira, Camarão deverá se afastar da função de secretário de Estado da Educação. Quem assume o posto, provisoriamente, é o secretário adjunto, Anderson Lindoso.

Brandão quer Paulo Victor na presidência municipal do PSB de São Luís

Carlos Brandão já teria feito o convite ao vereador Paulo Victor para ser presidente municipal do PSB em São Luís

Já estar sendo definida a data da filiação dos vereadores de São Luís que farão parte dos quadros do PSB. O governador Carlos Brandão – que agora preside a legenda na capital – quer para o fim deste mês de janeiro a entrada dos parlamentares.

Para além da filiação dos vereadores (prevista para depois do dia 20), Brandão vai mudar o comando da direção municipal do PSB. Ele deve dar para o presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor (ainda no PSDB), a presidência da legenda na capital.

O governador tira o aliado do secretário de Agricultura Familiar, Bira do Pindaré, o Viana Júnior da presidência municipal. Este foi para a vice-presidência da direção estadual.

A estratégia de Carlos Brandão é deixar o partido fortalecido sendo composto com uma base de cerca de 10 vereadores. O partido já tem dois: Marlon Botão e Nato Júnior. Os que se comprometeram a se filiar no PSDB e os que já foram para o ninho tucano também irão.

O governador quer um número expressivo de vereadores que garanta (amarra mesmo) o apoio dos parlamentares à candidatura do deputado federal Duarte Júnior a prefeito da capital.

Claro que os vereadores ainda analisam a composição do futura chapa socialista. Eles fazem contas para saber quantos nomes o partido conseguirá fazer nas eleições deste ano.

Alguns parlamentares ouvidos pela coluna falam em seis ou sete vagas. Se este número se consolidar, pelo menos três não alcançarão a reeleição.

Mas Brandão promete em não deixar a parceria de lado com os que não alcançarem o êxito.

Eleições 2024: Fundão será de R$ 4,9 bilhões

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido na política como fundo eleitoral ou Fundão, este ano está orçado em R$ 4,9 bilhões. O montante, que será utilizado nas eleições municipais 2024 é 145% maior que o pleito de 2020, quando custou R$ 2 bilhões aos cofres públicos.

O valor está previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e publicada nesta terça-feira (2/1) no Diário Oficial da União (DOU).

“As despesas relativas ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha observarão o limite máximo correspondente ao valor autorizado para essas despesas no exercício de 2022”, diz o texto da lei. Portanto, a quantia será a mesma das últimas eleições gerais, recorde desde que o fundo foi instituído.

O montante é cinco vezes maior que o sugerido pelo Poder Executivo na proposta original (de quase R$ 1 bilhão). A aprovação foi simbólica, aquela em que os parlamentares não indicam nominalmente seus votos.

E, para compor os R$ 4,9 bilhões, as emendas de bancadas estaduais impositivas foram reduzidas de R$ 12,5 bilhões para R$ 8,5 bilhões.

Caso o valor do fundão fosse corrigido pela inflação, ele ficaria R$ 2,7 bilhões em 2024. Durante o debate no Congresso, a maior parte dos partidos apoiou o aumento da quantia. O Novo foi o único a propor um corte para R$ 900 milhões.

Todo o recurso do fundão sai do caixa do Tesouro Nacional. Os partidos políticos e candidatos devem utilizar o montante exclusivamente para financiar as campanhas eleitorais, e as legendas devem prestar contas do uso desses valores à Justiça Eleitoral. Caso uma parte da quantia não seja utilizada, as siglas deverão devolvê-la para a conta do Tesouro.

Ao valor do fundo eleitoral, se somam os recursos do fundo partidário, destinado ao custeio das siglas e distribuído de forma proporcional às representações parlamentares.

Em 2015, na esteira dos escândalos de corrupção envolvendo agentes públicos e empreiteiras, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a doação de pessoas jurídicas a candidatos. Os candidatos a cargos eletivos passaram a ter de financiar suas campanhas apenas com recursos próprios e com doações de correligionários ou de partidos políticos.

Dois anos depois, em 2017, o Congresso criou o fundo eleitoral, cujo objetivo é exatamente suprir as doações antes feitas por empresas.

O dinheiro definido pelo Congresso é dividido com base em critérios preestabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Congresso Nacional aprovou em 2022 uma emenda constitucional que obriga os partidos políticos a repassarem, no mínimo, 30% dos recursos públicos destinados à campanha eleitoral para as candidatas mulheres.

Além disso, 30% do tempo de propaganda eleitoral do partido deverão ser reservados às mulheres, independentemente do número de candidaturas.

Essas regras estão agora sendo questionadas. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) tenta anistiar os partidos que não cumpriram a regra no último pleito.

Com decisão de Brandão, corrida eleitoral em São Luís ganha força

O governador Carlos Brandão (PSB), ao declarar apoio ao deputado Duarte Júnior (PSB) para sua futura candidatura a prefeito de São Luís , deu mais um passo na corrida eleitoral na capital e esquenta o cenário político. Qualquer candidato precisa cumprir etapas para se consolidar para uma disputa eleitoral.

Os dois principais candidatos até o momento (Eduardo Braide e Duarte Júnior) conseguiram passar da primeira etapa que é ter um partido. Ambos, muito cedo, conseguiram se consolidar e serem prioridade de suas legendas nas eleições do ano que vem.

Tanto Carlos Siqueira quanto Gilberto Kassab já disseram que as duas candidaturas são prioridades para suas respectivas legendas.

A segunda etapa a ser cumprida é junto a classe política. Isto, por enquanto, Duarte Júnior leva vantagem com o movimento de Brandão. Ao declarar apoio ao socialista, o governador desencadeou outras declarações de lideranças de seu grupo.

Paulo Victor (PSDB), presidente da Câmara de São Luís, a senadora Eliziane Gama (PSD), Adriano Sarney (PV), presidente da MOB, o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o deputado federal Rubens Júnior (PT) são os exemplos. Todos correram para as redes para anunciar que estão juntos com Brandão e Duarte no pleito de 2024.

E mais apoios virão porque existe a previsão de uma “filiação em massa” (como Carlos Brandão disse ao presidente Siqueira) de vereadores no PSB.

Já o prefeito Eduardo Braide ainda terá que correr em busca de apoio. Por enquanto, ele tem o seu forte PSD, sonha com o MDB e deverá ter o apoio do Republicanos e do pequeno PMN, partido pelo qual ele se elegeu.

Unindo estas etapas e garantindo a viabilidade da candidatura, os postulantes precisarão depois conquistar a confiança do eleitor durante a campanha.

Sem posição ideológica

E nesta corrida pela Prefeitura de São Luís, tanto Eduardo Braide quanto Duarte Júnior não correrão para o discurso ideológico.

Eles buscarão se afastar. No caso de Braide, ele não quer ser o candidato da direita até porque este campo político é mais fraco na capital.

Já Duarte, apesar de saber que terá o apoio em massa do grupo do presidente Lula, deve fechar a aliança com o PL também, partido ligado à direita no Brasil. Se ele focar no discurso ideológico, cairá em contradição.

‘Vai sair’, diz Othelino sobre Ana Paula após Brandão assumir PSB

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) garantiu nesta quinta-feira, 28, que sua esposa, a senadora Ana Paula Lobato, sairá mesmo do PSB, após a confirmação de que a presidência do partido fica com o governador Carlos Brandão.

Ela já havia manifestado sua insatisfação em relação à mudança ao presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, na semana passada. Mas ficou ainda mais incomodada com a forma como tudo foi conduzido.

“Não há mais clima”, disse Othelino.

Segundo ele, contudo, a própria senadora Ana Paula deve convocar uma coletiva para anunciar oficialmente sua saída. Mas apenas após o fim do recesso no Senado.

Iracema Vale assume vice-presidência do PSB no Maranhão

O governador Carlos Brandão além de ter anunciado, nesta quarta-feira (27), que assumiu o comando estadual do PSB, que apoiará com seu grupo a candidatura do Duarte na capital, também informou que a Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Iracema Vale, assume a vice-presidência estadual do partido.