Amazônia perdeu quase 3 mil campos de futebol por dia, no último ano da gestão Bolsonaro

A Amazônia sofreu o quinto recorde anual consecutivo de desmatamento, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta quarta-feira (18). Os números apontam que, em 2022, foram devastados 10.573 km² no bioma, representando a perda florestal de quase 3 mil campos de futebol por dia.

Com o resultado, o desmatamento acumulado nos últimos quatro anos chegou aos 35.193 km², uma área que supera o tamanho de estados como Sergipe e Alagoas. A cifra representa um aumento de quase 150% em relação ao quadriênio anterior (2015 e 2018), que registrou 14.424 km², sendo a maior destruição dos últimos 15 anos.

Na análise dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, os que mais desmataram em 2022 foram Pará (3.874 km²), Amazonas (2.575 km²) e Mato Grosso (1.604), com 37%, 24% e 15% de toda a derrubada na região, respectivamente. O caso mais grave, no entanto, foi do Amazonas, onde a devastação cresceu 24% em um ano.

Em relação às áreas protegidas, as que estiveram em situação mais crítica no período foram as unidades de conservação estaduais. Nesses territórios, a devastação passou de 690 km², em 2021, para 746 km² em 2022 – uma alta de 8%. Já em terras indígenas, onde a pressão de desmatamento também é grande, foi registrado queda de 21%.

“Esperamos que esse tenha sido o último recorde de desmatamento reportado pelo nosso sistema de monitoramento por satélites, já que o novo governo tem prometido dar prioridade à proteção da Amazônia. Mas, para que isso aconteça, é preciso que a gestão busque a máxima efetividade nas medidas de combate à devastação”, diz Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Anderson Torres chega a Brasília e é preso no aeroporto

O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, foi preso na manhã deste sábado (14), no aeroporto de Brasília. Torres estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos, e seu voo chegou ao Brasil por volta das 7h20.

A prisão havia sido decretada pelo ministro e presidente do Superior Tribunal Eleitoral (STF), Alexandre de Moraes.

O ex-ministro saiu do avião escoltado por policiais federais antes dos demais viajantes. A Polícia Federal confirmou que Torres recebeu voz de prisão no hangar da corporação. Em seguida, foi levado do aeroporto para o 4º batalhão da Polícia Militar do DF, onde permanece provisoriamente. As investigações seguem em sigilo.

“Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à Justiça e cuidar da minha defesa. Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na Justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá”, disse Torres.

Moraes acolhe pedido da PGR e inclui Bolsonaro em investigação sobre atos terroristas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite de sexta-feira (13), acolher o pedido da Procuradoria-Geral da República. Ele incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações dos atos terroristas em Brasília.

O inquérito mira “autores intelectuais” e instigadores dos atos do último domingo, quando vândalos bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, em Brasília.

Moraes entendeu que um pronunciamento de Bolsonaro, postado e depois apagado das redes sociais no dia 10 de janeiro, foi mais uma das situações em que o ex-presidente se posicionou, “em tese”, de forma criminosa contra as instituições.

No vídeo, Bolsonaro contestava, sem provas e sem fundamento, as eleições. E fez isso poucos dias depois de um ato golpista na Praça dos Três Poderes.

“O pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal – imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o Tribunal Superior Eleitoral –, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi é fraudado”, escreveu o ministro.

Moraes também afirmou que, oportunamente, será analisado o pedido de interrogatório de Bolsonaro, pois, no momento, ele está fora do país.

A defesa de Bolsonaro divulgou uma nota dizendo que o ex-presidente sempre repudiou atos ilegais e criminosos e foi um defensor da Constituição e da democracia. A nota diz ainda que o ex-presidente jamais teve qualquer participação naquilo que chamou de “movimentos sociais espontâneos”.

Polícia Civil realiza operação contra grupo de estelionato eletrônico

Uma ação policial denominada de “Operação Fakecontact”, foi deflagrada pela Polícia Civil do Maranhão, com apoio da Polícia Civil do Ceará, com o objetivo de reprimir crimes praticados contra a propriedade por meio eletrônico.

Durante a operação, foram cumpridos na capital do Ceará, Fortaleza, dois mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de valores em conta dos investigados.

As investigações descobriram que, de posse de informações de processos em trâmite na justiça, os criminosos abordavam as vítimas através de aplicativos de mensagens se fazendo passar por advogados. Eles informavam que as vítimas teriam um valor a título de precatório para receber, ocasião em que cobravam um valor a título de custas e honorários para que a vítima pudesse receber o valor.

Após a vítima fazer o pagamento, procurava informações sobre o recebimento junto ao escritório respectivo e se dava conta que havia sido vítima do crime.

O Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos (DCCT/SEIC) informou que diversas vítimas foram lesadas de modo que o prejuízo total ainda está sendo estimado. Valores foram bloqueados nas contas dos investigados, por determinação judicial.

Após Barroso ser hostilizado, Dino diz que Polícia Federal está à disposição do STF

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, usou suas redes sociais nesta terça-feira (03) para dizer que a Polícia Federal (PF) está à disposição para investigar episódios de agressão e ameaças a ministros do tribunal.

“Vou enviar ofício à presidente do STF, frisando que a Polícia Federal está à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças a ministros daquele Tribunal e de outros. São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes etc”, escreveu Dino.

A declaração de Dino acontece um dia depois de o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, ter sido hostilizado por passageiros no aeroporto de Miami (EUA).

Um vídeo que circulou nas redes sociais, mostra passageiros gritando “sai do voo”. Na gravação também é possível ouvir vaias e algumas pessoas xingando o ministro, além de gritar coisas como “pede para sair”, “lixo” e “ladrão”.

MA: Operação resulta em notificação de postos de combustíveis e distribuidores

O Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA) notificou os postos de combustíveis e distribuidoras do estado, a fim averiguar abuso denunciado por consumidores no aumento do preço dos combustíveis. Postos e distribuidoras de todo o estado deverão apresentar notas de entrada e venda dos produtos que justifiquem os preços praticados. A operação prossegue durante esta semana.

O Procon irá investigar toda a cadeia de compra e distribuição, para identificar onde está se dando esse aumento do preço dos combustíveis no Estado do Maranhão.

“Nosso objetivo é verificar se há abusividade nesses valores e porque estão sendo repassados ao consumidor, visto que a Petrobras não anunciou nenhum tipo de reajuste e que também não houve reajuste em impostos”, explicou o presidente em exercício do Procon/MA, Ricardo Cruz.

Além das notificações entregues, o Procon/MA autuou, na manhã desta segunda-feira (2), o Posto Futuro do Petróleo II, localizado na Av. dos Holandeses, após ação de fiscalização constatar que o estabelecimento estava cobrando o valor de R$ 5,99 no litro da gasolina, valor considerado abusivo, visto que não houve reajuste anunciado, como citado anteriormente e que foi corrigido para R$ 4,99 pelo estabelecimento ainda durante a fiscalização.

O Procn-MA deu prazo de 20 dias para o estabelecimento apresentar as notas fiscais de aquisição dos combustíveis, bem como resposta ao órgão, estando sujeito às sanções previstas no Código Penal, Código de Defesa do Consumidor e lei estadual, que incluem punições como multa e suspensão das atividades.

Se comprovada a abusividade dos preços, serão aplicadas sanções previstas na legislação.

Consumidores podem formalizar as denúncias, anexando fotos e a identificação dos postos onde foram encontradas abusividades pelo app VIVA PROCON e site www.procon.ma.gov.br.

Sem foro privilegiado, Bolsonaro deve responder a várias investigações

Sem o foro privilegiado ao deixar o Palácio do Planalto em 1º de janeiro, Jair Bolsonaro (PL) irá responder por investigações criminais, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). São investigações relacionadas às recorrentes ameaças e ataques feitos aos integrantes da Corte.

Após o fim do seu mandato, parte dos processos a que o atual presidente precisará responder será enviado à primeira instância. Agora, elas passarão a tramitar sob o comando de outros delegados, procuradores e juízes. No caso das três investigações que tramitam no STF, elas devem ser enviadas à Justiça Federal, das três, duas delas estão em fase final.

Dentre os inquéritos a ser respondidos pelo atual chefe do Executivo, um deles preocupa Bolsonaro, a Polícia Federal (PF) concluiu que foi cometido o delito de “incitação ao crime”, que tem pena prevista de três a seis meses, isso aconteceu porque ele incentivou a população a não usar máscaras e utilizou notícias falsas em uma live.

No mesmo caso, a PF argumentou que, também ao tentar associar a vacina contra o novo coronavírus ao desenvolvimento da Aids, o presidente que perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cometeu crime de contravenção, que é uma ilegalidade de menor potencial ofensivo ao “provocar alarme a terceiros, anunciando perigo inexistente”. O ministro Alexandre de Moraes está como relator do caso.

A PF não precisará de autorização judicial para indiciar Bolsonaro e nem ouvi-lo, quando o processo chegar à primeira instância. Com a posse da nova gestão do governo Lula isso poderá ocorrer a qualquer momento.

Outro caso, que também está em fase inicial, pode ser arquivado. Não foram encontrados crimes nas interferências feitas por Bolsonaro na PF pelos investigadores. O inquérito em questão foi aberto depois de o ex-ministro Sergio Moro acusar o presidente de ter atuado indevidamente na corporação para obter acesso a informações de seu interesse. Após análise da PF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou arquivamento.

Se o relator Alexandre de Moraes não despachar o pedido de arquivamento até o dia 31 de dezembro, o caso irá parar na primeira instância. A partir disso, outro procurador pode assumir o caso e reanalisar as provas para avaliar se pedirá denúncia contra Bolsonaro ou irá manter o arquivamento.

Já um outro processo está em fase inicial e em apuração, este caso envolve suspeitas de corrupção no Ministério da Educação sob a gestão de Milton Ribeiro. O caso está no STF após Ribeiro citar o presidente em uma interceptação telefônica. À época, a relatora, ministra Cármen Lúcia, pediu ao delegado Bruno Calandrini para investigar se de fato Bolsonaro cometeu crime. Sem foro privilegiado, o processo será conduzido pela Justiça Federal do DF, mas continuará com o mesmo delegado.

Sobre as investigações da ligação das milícias digitais a Bolsonaro e a conclusão da CPI da Covid ainda não há uma definição, como os dois casos envolvem a atuação de parlamentares eles podem continuar com foro privilegiado, e continuem no STF.

Para ser investigado, um presidente da República precisa ser responsabilizado na esfera criminal pelo procurador-geral da República, que hoje é o lugar ocupado por Augusto Aras. Na primeira instância, todos os inquéritos são distribuídos de maneira aleatória a procuradores que têm independência funcional e poder para apresenta

MA: Mais de 3,7 mil crimes cibernéticos foram registrados em 2022

Um levantamento da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) apontou que 3.748 crimes cibernéticos foram registrados até 30 de novembro de 2022 no Maranhão. O número representa um aumento de mais de 105% se comparado a todo ano passado, quando foram registrados 1.824 crimes virtuais no estado. De acordo com os dados, invasão e uso de redes sociais para a prática de crimes são os casos mais comuns envolvendo este tipo de delito.

Os crimes cibernéticos são executados na internet e podem incluir, desde roubos de identidade e outras violações de segurança, até o ‘cyberstalking’, assédio, bullying e exploração sexual infantil.

A polícia alerta a população a redobrar os cuidados na internet, para evitar cair em golpes ou ter a rede social bloqueada. Além disso, os usuários da rede podem acionar uma proteção extra nos aplicativos e nas configurações do celular.

Denúncia

Segundo a Polícia Civil, os casos de crimes cibernéticos no Maranhão não são denunciados e os que são, envolvem perdas de valores financeiros. Neste caso, a vítima pode solicitar por apoio por meio da Delegacia On-line, na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) em São Luís ou, em qualquer delegacia da capital ou de cidades do interior.

Polícia decreta preventiva de homem que colocou bomba em Brasília; outra bomba é encontrada e segurança de Lula é revista

O empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54, ficará preso por tempo indeterminado, após decisão da juíza Acácia Regina Soares de Sá, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A decisão foi dada  durante audiência de custódia.

Ele confessou à polícia ter montado uma bomba numa área de acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília, no último sábado.

O terrorista confessou ainda que planejou com os acampados no QG do Exército instalar explosivos em pelo menos dois locais da capital federal para “dar início ao caos” e provocar uma intervenção militar.

Nova bomba

Uma outra bomba foi encontrado pela Polícia Militar do Distrito Federal, na região do Gama, região administrativa do Distrito Federal, na noite do domingo (25). Junto com a bomba, a polícia encontrou outros itens achados, entre estes, coletes balísticos e capas.. O esquadrão anti-bombas confirmou se tratar de explosivo e fez a detonação controlada do material.

Posse de Lula

Diante destes acontecimentos, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), está revendo o esquema de segurança para a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cerimônia será dia 1º de janeiro, em Brasília, a partir das 17 horas.

Em publicação nas redes sociais na noite deste domingo, 25, Dino garantiu que a posse de Lula vai ocorrer “em paz” e que “o combate a terroristas e arruaceiros” será intensificado.

“A posse do presidente Lula ocorrerá em paz. Todos os procedimentos serão reavaliados, visando ao fortalecimento da segurança. E o combate aos terroristas e arruaceiros será intensificado. A democracia venceu e vencerá”, escreveu Flávio Dino.

Apreensão de 166 quilos de cocaína avaliada em R$ 8 milhões é a maior do Maranhão

A Polícia Civil apreendeu 166 quilos de cocaína, montante avaliado em R$ 8 milhões.Esta é a maior apreensão deste tipo de entorpecente, no Maranhão e fruto de operação realizada na madrugada de quarta-feira. O trabalho foi conduzido pela Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc). Em coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (22), o secretário de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), Sílvio Leite, explicou sobre a ação e destacou a atuação do sistema no combate ao tráfico de drogas.

“Nossas equipes de policiais da Senarc estão de parabéns por este resultado, que reflete um amplo plano de trabalho executado neste e outros grupamentos da Segurança Pública no Maranhão. O tráfico de drogas é um dos crimes que mais desafia o trabalho policial, pois, dele podem surgir outras modalidades criminosas, a exemplo dos homicídios e roubos. O sucesso dessa operação se mostra pelo grande volume de drogas apreendido e pelo seu valor de avaliação. Esses cerca de oito milhões de reais que iriam servir ao tráfico, foram frustrados com a operação policial”, avaliou o titular da SSP-MA, Sílvio Leite.

Sílvio Leite acrescentou que “a Segurança Pública, com seus grupamentos, vem trabalhando, diuturnamente, para que o crime não avance e a população tenha a devida tranquilidade no seu direito de ir e vir”.

O titular da Senarc, delegado Ederson Martins, que também participou da coletiva, explicou a condução dos trabalhos da operação. Segundo ele, uma denúncia anônima levou a polícia ao carregamento de cocaína que estava em um terreno baldio, na Matinha, em São José de Ribamar. A polícia monitorou o local e conseguiu encontrar o ponto exato de armazenamento do entorpecente.

A droga seria repassada a agentes intermediários do tráfico, que atuam na distribuição, e também, em pontos menores de venda na Região Metropolitana de São Luís, segundo informou Anderson Martins.

“Esse entorpecente vem, principalmente, de países da América Sul. Estamos investigando para identificar a localidade e também, a rota deste tráfico, até chegar no Maranhão. Nossa avaliação desse trabalho é a melhor possível. Conseguimos retirar um expressivo volume financeiro, aproximadamente oito milhões de reais, das organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas no estado. Um resultado altamente positivo e que reflete o planejamento que foi pensado para esta operação”, pontuou o delegado.

Ainda como resultado da operação, houve prisão de um suspeito, que foi encaminhado ao Complexo Penitenciário, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário; e apreensão de uma pistola calibre 380 e vários itens para refino e embalo da droga.

As investigações terão continuidade, informou o delegado titular da Senarc, Aderson Martins, para identificar outros envolvidos no caso.

A Polícia Civil disponibiliza contato para receber denúncias e quaisquer informações sobre crimes diversos no whatsapp (98)99163-4899. O sigilo da fonte é absoluto.